terça-feira, outubro 10, 2006

Vez do Brasil: sinuca de bico.


Contam os livros: "Eis então, a feliz data que o Brasil atingiu a auto-suficiência em petróleo..."

Peraí! E o outro lado da moeda? Por que alcançamos algo que só deveríamos ter em 2020?

Simples, porque o Brasil parou de crescer! As previsões de crescimento do país caíram ao longo da última década (não falo de governos. É um contexto geral) e a produção de petróleo manteve-se em crescimento constante e planejado. Uma hora elas iam se encontrar.

Celebramos o buraco; a impotência de crescer.


Não podemos crescer, pois não possuímos infra-estrutura: o apagão estaría aí novamente; as estradas não comportaríam; ...

Não podemos baixar os juros, pois isto aumentaria a inflação: o povo tería dinheiro e não tería produção;

Não podemos incentivar a importação, pois a balança iría desestabilizar: não conseguiríamos exportar o suficiente, ter reservas cambiais, etc;

A guerra fiscal gera as maiores incongruências da logística. É um exemplo magnífico de deturpação de conceito. O produto dá a volta no país inteiro para chegar ao mercado consumidor. Ahh se eu tivesse uma transportadora ... estaría rindo que nem eles.

Começou a cair a ficha para o banco central: eles baixam o juros e a produção não aumenta? Também pudera, quem vai investir em um cenário tão positivo assim? Ah! os bancos; é verdade.

Por essas e por outras, o Brasil é o país do futuro...

OBS: essa é a ata de uma conversa de bar com o Fucs no domingo. A veracidade e acuidade da informação não é garantida :-)

quarta-feira, outubro 04, 2006

Sim, não basta escrever, mas fazer o quê?

A língua é um vulcão adormecido. Todos transitam ao seu lado, por toda sua base, mas poucos seguem em direção ao topo para saber o que tem dentro e qual o grau de atividade.

Qual não é o pavor do desavisado que tranquilamente por ali se aventura ao ver a terra sob os pés tremer. É correr ou ... fazer o quê?

Assim me encontro neste exato momento; sim, eu tenho o escrito, mas como dar-lhe uma identidade e caráter, além de algumas lições sobre os dilemas existenciais, se uma profunda compreensão deste saber me falta?

A resposta a todas perguntas, a todos ajustes e direcionamentos para formá-lo responsável, interessante e bem sucedido estão na língua (linguística/gramática) e na compreensão elementar de outros que existem e existiram.

Tal como a vida é vivida intuitivamente de forma única por cada ser vivo, assim o é a língua. É para poucos entender seus mistérios e compreender o íntimo. Os que possuem este dom, emanam algo indiscritível, fazem uso de recursos que mal conseguimos perceber, quem dera compreender.

Assim como não basta viver e é preciso transcender em busca do crescimento espiritual para ter as rédeas de nossa vida e nos tornarmos um ser completo; não basta escrever, é preciso compreender este texto como um todo, sua estrutura e coerência gramatical, significado implícito e explícito e misturar isto e muito mais em um organismo com propósito único.

A visão analítica e cartesiana do estudo da gramática no meu passado escolar me desinteressaram e agora percebo o impacto que isto terá. Desejo profundamente explorar e reinventar um universo do qual não sei, ao menos conscientemente, do que é feito, por que foi feito e como poderia ser feito diferente.

O engraçado é que meu despertar foi desencadeado pelo estudo da língua estrangeira, que busca e se aprimora dia após dia em transgredir o ensino tradicional e incentivar o aprendizado real.

Tempo não há para o atraso recuperar, outro caminho hei de encontrar.