quinta-feira, agosto 30, 2007

Brisa

Há dias que acordamos com uma certeza. Não se sabe ao certo qual, mas a confiança de que algo se resolverá nas próximas 16h traz uma paz inexplicável.

Tá, mas "pera aí" ... o que será resolvido?

Exatamente ... boa pergunta! Eu pelo menos ainda não descobri.

Mas julgo fácil pensar dessa forma, pois quando se tem 10 ou mais assuntos pendentes, todos interrelacionados ou interdependentes, e os dias vem passando com eles travados uns nos outros, uma hora tem que desenlinhar esse nó. E hoje é O dia.

Eu sei disso. Foi a brisa que me contou.

A brisa me contou uma história de anos em poucos segundos.

O ar gelado passeou pela barba por fazer, lembrando o tempo que ali não havia nada mais que fiapos. Tempo de decisões espontâneas. Tempo de ideais e entrega.

Em um piscar de olhos uma lista enorme de livros e suas idéias vem a mente, livros com que nos identificamos em certa época, em certo contexto. Sem tempo para pensar, logo vem o sentimento de repugnância por uns (como eu pude ler isto!!), e orgulho por outros (eu era bacana heim?).

Histórias de aventuras ... loucuras na verdade (até hoje me pergunto como não morre mais gente por causas imbecís entre os 16 e 24 anos). Loucuras que em sua essência revelam o incessante desejo pela descoberta, pela mudança.

Leveza. A realidade nua e crua é uma bola de ferro amarrada aos pés.

Déjà vu! Ah os déjà vus. A certeza subconsciente não compartilhada, particular, normalmente acompanhada de um espanto moderado e um sorriso confiante: "Eu já vi isto. Eu sei onde estou. O futuro a mim pertence.".

Essa brisa! Andava atrás de mim fazia tempo, mas o pára-brisa do carro (carro utilizado para tudo) não a dava acesso.

Hoje ela me encontrou e pegou de jeito. Pegou pesado.

Poucos segundos, tempo de chegar a voz pedindo para fechar a janela, pois esta frio.


Não. Hoje não. Hoje deixemos um pouco de ar novo entrar e nos cumprimentar.


Já que a brisa eu não tenho como postar, procurei algo que talvez lembre um pouco de ar:



Para quem tem um pouco mais de tempo (40min)

1 Comments:

Blogger Gustavo said...

Bah o teu post está muito poético. Agora aquela cerejinha no final do post ganhou o meu dia. Virei fã do Guy Kawasaki.

Ao menos o cara tem noção que ficar construindo prédio/ponte com canudo de refrigerante é a mais pura bobagem de quem não entende nada de recrutamento.

Aquele abraço!

31 de agosto de 2007 às 09:10  

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